Você já parou pra pensar que às vezes temos certeza que estamos preparados para um desafio e acabamos descobrindo, tarde demais, que não era esse o caso?
Gostaríamos de compartilhar com você uma história real de alguém que passou 1 ano estudando para o ENEM.
Por questões de privacidade, vamos chamá-lo de Bruno (não é seu verdadeiro nome).
O que aconteceu com o Bruno pode estar acontecendo com você neste exato momento.
Mas se você prestar atenção na história dele, talvez consiga evitar seus erros.
Tudo começa em 2014, em São Paulo.
Nesse ano, Bruno estava cursando o último ano do ensino médio. Ele sabia que no fim do ano, iria fazer o exame mais importante de sua vida (até o momento).
O ENEM.
E ele tinha certeza do que queria cursar: Medicina.
Sabia que para passar em Medicina em uma faculdade pública, teria que estudar bastante.
Por isso, ele começou a estudar para o ENEM no dia 31 de março, usando o edital do ano anterior.
Nesse dia, ele chegou da escola às 12:30, almoçou, tomou um banho e, às 13:30 começou a estudar biologia, sua matéria favorita.
Sua rotina de estudos era:
Nesse dia, ele terminou os estudos às 18:00. Tinha avançado 65 páginas do livro. O primeiro livro de biologia tinha 319 páginas. Fez as contas e descobriu que em aproximadamente 1 semana (5 dias) ele teria terminado aquele livro.
Um livro em uma semana? Parecia um ótimo avanço.
Ele planejou estudar para o ENEM durante a semana, à tarde. Isso daria bastante tempo para poder estudar todas as matérias que ele não tinha mais contato. Somando com o conteúdo novo que ele iria aprender durante as aulas normais, tudo parecia perfeito para ele estudar todo o conteúdo até as provas.
Quantas vezes nós começamos nosso planejamento cheios de energia e motivação, e tudo parece dar certo, não é mesmo?
Mas na segunda-feira seguinte, super confiante, ele achou que não precisava correr tanto com a matéria. Então, ele atrasou um pouco para começar a estudar para o ENEM. Aliás, ele passou a semana inteira se atrasando para estudar.
Na terceira semana, ele não estudou na segunda-feira. Ficou entretido com a TV e perdeu a hora - e a vontade de estudar.
Ele conseguiu terminar o conteúdo de biologia em abril, e começou a estudar matemática. Mas matemática era muito chato! Ele sentia uma resistência enorme para começar a estudar. Muitas vezes, simplesmente acabava fazendo outra coisa e deixava de estudar.
As inscrições para o ENEM foram abertas em maio daquele ano. Isso deu um novo gás nos estudos, porque agora ENEM era assunto corriqueiro entre seus amigos. Ele sentiu novamente a motivação para estudar.
Que forma melhor para se motivar do que conviver com pessoas que tem o mesmo objetivo que você?
Mas ainda faltava muito tempo para o exame, e conforme o assunto foi esfriando entre os amigos, sua disposição acabou caindo um pouco. Era difícil manter uma rotina de estudos.
Ele sentia cada vez mais culpa por não manter um cronograma consistente de estudos.
Ele sabia que devia estudar, mas sentia muita preguiça. Estudar era muito maçante.
Então, outubro chegou. Último mês antes das provas.
Todos falavam de ENEM. Amigos, professores, televisão. Era impossível não pensar em ENEM. O nervosismo era cada vez mais crescente porque faltava apenas um mês!
Ele tinha que lidar com vários problemas:
Última semana!
Muitos dizem que não adianta estudar na última semana da prova, mas isso não importava para Bruno. Para poder estudar o máximo de coisas possível, estudava à tarde e à noite. Ele precisava compensar o tempo perdido!
Na véspera da prova, passou o dia lendo os livros de biologia e matemática para revisar o que tinha estudado a seis meses atrás.
E apesar da correria, à noite, ele se sentia estranhamente seguro. As últimas semanas haviam sido intensas, e ele estudou realmente pra valer. Ele tinha consciência que muita coisa tinha sido deixada de lado, mas tinha a sensação de dever cumprido.
Ele tinha estudado bastante, e isso contaria na hora da prova, certo?
8 de novembro. Dia da prova.
Quando abriu a primeira prova, Bruno sabia que algo estava errado.
Algumas questões eram completamente novas para ele. Seria de algum conteúdo que ele não estudou? Será que ele tinha esquecido completamente do assunto?
Em outras questões, ele tinha certeza de ter visto o conteúdo, mas não conseguia formular respostas. Ele se confundia com as alternativas. Ele começava um cálculo e “travava” no meio.
Mas em várias outras questões, ele sabia a resposta.
Ele só esperava que fossem em quantidade suficiente para conseguir boa pontuação.
Quando saiu o resultado, Bruno não conseguiu esconder a insatisfação. Passar um ano estudando para o ENEM não tinha sido o suficiente.
Ele obteve uma média simples (incluindo redação) de 657,34, muito abaixo de qualquer nota de corte de Medicina. Naquele ano, a menor nota para Medicina fora 754.
Por fim, ele acabou entrando em Enfermagem, em uma cidade do Paraná onde seus tios moravam.
Depois do resultado, ele não conseguia deixar de pensar no que poderia ter dado errado.
Ele teve o tempo e a oportunidade para estudar para o ENEM e conseguir uma boa pontuação. E mesmo tendo estudado bastante no último mês, ele não conseguiu ser aprovado.
Ele não desistiu do seu sonho de ser médico.
Embora Enfermagem era um ótimo curso, não era seu sonho, e era difícil deixar de pensar que ele tinha perdido 1 ano de sua vida.
Iria novamente tentar entrar em Medicina no ano seguinte.
Mas agora teria menos tempo para estudar, mais preocupações, e sua confiança estava abalada.
Mas não culpe Bruno por isso. A verdade é que nós não somos preparados para aprender.
A escola pode ser vista como um grande supermercado. Ao invés de mercadorias, ela oferece conhecimento. Mas assim como um supermercado não ensina às pessoas como consumir (você não vai ver no supermercado placas dizendo: “coma menos açúcar”, “evite carnes processadas”, “não exagere na cerveja”), a escola não nos ensina a aprender.
E por “ensinar a aprender”, nós queremos dizer que a gente não sai da escola sabendo como estudar grandes conteúdos, como se motivar para estudar, como aproveitar o tempo de maneira eficiente.
O que a gente aprende é: tenho uma prova na data X, preciso estudar todo o conteúdo até a data X – 1.
Só que isso é impraticável quando se fala em estudar para o ENEM.
E não só estudar para o ENEM, mas quando a gente tem que estudar para concursos públicos, exame da OAB, certificações.
Enfim, sempre que a gente tem que estudar muita coisa.
Algumas lições podem ser extraídas dessa história.
A principal é que, sem técnicas corretas, estudar é completamente ineficiente.
Por exemplo, Bruno sentiu a dificuldade de se lembrar das primeiras matérias que estudou, mais de cinco meses antes da prova.
Bruno também teve dificuldades em estudar matemática, uma matéria que ele não sente paixão. Ele acabava ficando desestimulado pelo conteúdo e começou a procrastinar os estudos.
Uma das formas de resolver isso é criar um ciclo de estudos, onde você acaba vendo um pouco de cada matéria o tempo todo.
No ciclo de estudos, você intercala as matérias, estudando de 30 minutos a 2 horas cada uma. Você estuda 1 hora de matemática, depois estuda 45 minutos de português, e assim por diante, passando por todas as matérias. Depois que terminar todas, volte na primeira.
Se o Bruno tivesse feito isso, ele não teria se cansado com matemática, e estaria tendo contato com biologia durante todo o período de estudo.
Você acha o rendimento dele seria melhor se ele estivesse estudando biologia durante todo o ano, ao invés apenas de seis meses antes da prova?
É fato que você consegue se lembrar de um assunto que você mantém contato constante.
Por causa disso, uma coisa que você deve fazer é usar uma técnica de revisão espaçada. É uma técnica já comprovada pela ciência que aumenta muito sua capacidade de memória.
Usando essa técnica, você revisa o conteúdo estudado periodicamente (e não somente uma vez, como 90% das pessoas fazem).
E quando dizemos revisar, não é reler todo o conteúdo novamente. É rever suas anotações, por um breve período de tempo.
Essas técnicas são fáceis de aprender e realmente funcionam. Como diria Fábio Manfrin, autor do livro Fórmula da Aprendizagem Acelerada, não é necessário estudar 5 anos para passar em um vestibular concorrido ou um concurso público, basta estudar de forma inteligente.
Se o Bruno tivesse usado apenas algumas dessas técnicas ao estudar para o ENEM, poderia ter mudado a história dele.
O objetivo desse artigo foi para mostrar uma história real e palpável sobre como não estudar para uma prova importante.
Ter tempo não é garantia de aprovação. Estudar cegamente não é garantia de aprovação. Infelizmente, esse é o mundo em que vivemos.
Mas agora, você entende isso. Se você ainda não teve uma experiência como a do Bruno, aprenda com isso.
A partir de agora, você tem duas opções:
Se a história do Bruno mostra alguma coisa, é que o fracasso nem sempre é óbvio de começo.
Por mais difícil que seja uma prova, a gente não começa estudando achando que vai fracassar. Sempre achamos que, se estudarmos bastante, seremos aprovados. E quando temos muito tempo até a prova, é muito fácil se acomodar. Até que seja tarde demais.
Não se acomode!
Por fim, mas não menos importante, recomendamos que você conheça imediatamente o trabalho do Fábio Manfrin e seu livro Fórmula da Aprendizagem Acelerada, principal fonte deste artigo.
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